sexta-feira, 28 de março de 2008

FUNÇÕES DE LINGUAGEM

Funções da Linguagem:


Emissor: é aquele que produz (gera) a mensagem.

Receptor: É o alvo da mensagem. “É aquele com quem o emissor se comunica.”

Mensagem: é o texto, o que é comunicado.

Código: é a língua, a convenção que é utilizada para se comunicar.

Canal: é o meio físico, o ar, o som.

Referente: assunto da mensagem. Contexto


FUNÇÕES DA LINGUAGEM:

Função emotiva: o emissor é o foco principal. Aparece muito em poesia lírica.

Função conativa (apelativa): o receptor é o foco principal. A 2º pessoa é muito usada nesse caso.

Função fática: põe em questão o canal, o meio. Mensagens do tipo: “oi”, “alô”.

Função referencial: o contexto é posto como objeto a ser descrito. A linguagem é clara. Típico de discurso científico e jornalístico.

Função metalingüística: Põe o código em destaque. É a língua falando dela mesma.

Função poética: A mensagem ganha foco. Há uma intenção estilística nesse sentido.

TIPOS DE REDAÇÂO

TIPOS DE REDAÇÃO:

Toda redação é um texto e como tal tem um discurso.

O discurso contem um conjunto de idéias expressas pelo texto.


TIPOS DE REDAÇÃO:

Ø Formas literárias: descrição, narração. Dão origem a gêneros como novela, crônica, romance, por exemplo.


Ø Formas de escrito científico: resumo, currículo vitae, monografia, relatório, Dissertação.

Ø Formas de expressões comerciais e oficiais: memorando, oficcio relatório, etc.


§ A narração e a descrição se misturam muitas vezes.


Narração: “Narrar significa contar alguma coisa.” No ato de narrar devemos considerar: o que narramos, com quem ocorreu, como ocorreu, quando ocorreu, por que ocorreu, desdobramentos.

Descrição: “Descrição é a representação verbal de um objeto (lugar, situação ou coisa), em que se procura assinalar os traços mais particulares ou individualizantes do que se descreve.”
Pode haver descrição física, psicológica, de paisagem.

Deve-se mostrar poder de observação, além da boa utilização de adjetivos.



Dissertação: “É a exposição desenvolvida a respeito de um tema. Supõe uma sistematização e ordenação dos dados de que se dispõe sobre o assunto e sua interpretação; pode ainda expor um assunto ou desenvolver uma argumentação sobre o assunto (texto dissertativo argumentativo)”


LUFT, Celso Pedro. Novo manual de Português.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Tópico Frasal - Aula de Redação

A idéia central do parágrafo é enunciada através do período denominado tópico frasal (também chamado de frase-síntese ou período tópico). Esse período orienta ou governa o resto do parágrafo; dele nascem outros períodos secundários ou periféricos; ele vai ser o roteiro do escritor na construção do parágrafo; ele é o período mestre, que contém a frase-chave. Como o enunciado da tese, que dirige a atenção do leitor diretamente para o tema central, o tópico frasal ajuda o leitor a agarrar o fio da meada do raciocínio do escritor; como a tese, o tópico frasal introduz o assunto e o aspecto desse assunto, ou a idéia central com o potencial de gerar idéias-filhote; como a tese, o tópico frasal é enunciação argumentável, afirmação ou negação que leva o leitor a esperar mais do escritor (uma explicação, uma prova, detalhes, exemplos) para completar o parágrafo ou apresentar um raciocínio completo. Assim, o tópico frasal é enunciação, supõe desdobramento ou explicação.
A idéia central ou tópico frasal geralmente vem no começo do parágrafo, seguida de outros períodos que explicam ou detalham a idéia central.

Exemplos:

Ao cuidar do gado, o peão monta e governa os cavalos sem maltrátá-los. O modo de tratar o cavalo parece rude, mas o vaqueiro jamais é cruel. Ele sabe como o animal foi domado, conhece as qualidades e defeitos do animal, sabe onde, quando e quanto exigir do cavalo. O vaqueiro apren deu que paciência e muitos exercícios são os principais meios para se obter sucesso na lida com os cavalos, e que não se pode exigir mais do que é esperado.

A distribuição de renda no Brasil é injusta. Embora a renda per capita brasileira seja estimada em U$$2.000 anuais, a maioria do povo ganha menos, enquanto uma minoria ganha dezenas ou centena de vezes mais. A maioria dos trabalhadores ganha o salário mínimo, que vale U$$112 mensais; muitos nordestinos recebem a metade do salário mínimo,. Dividindo essa pequena quantia por uma família onde há crianças e mulheres, a renda per capita fica ainda mais reduzida; contando-se o número de desempregados, a renda diminui um pouco mais. Há pessoas que ganham cerca de U$$10.000 mensais, ou U$$ 120.000 anuais; outras ganham muito mais, ainda. O contraste entre o pouco que muitos ganham e o muito que poucos ganham prova que a distribuição de renda em nosso país é injusta.

Tipos de tópicos frasais
Tópico frasal desenvolvido por enumeração.
Exemplo:

A televisão, apesar das críticas que recebe, tem trazido muitos benefícios às pessoas, tais como: informação, por meio de noticiários que mostram o que acontece de importante em qualquer parte do mundo; diversão, através de programas de entretenimento (shows, competições esportivas); cultura, por meio de filmes, debates, cursos.

Tópico frasal desenvolvido por descrição de detalhes

É o processo típico do desenvolvimento de um parágrafo descritivo:

Era o casarão clássico das antigas fazendas negreiras. Assobradado, erguia-se em alicerces o muramento, de pedra até meia altura e, dali em diante, de pau-a-pique (...) À porta da entrada ia ter uma escadaria dupla, com alpendre e parapeito desgastado.(Monteiro Lobato)

Tópico frasal desenvolvido por confronto.

Trata-se de estabelecer um confronto entre duas idéias, dois fatos, dois seres, seja por meio de contrastes das diferenças, seja do paralelo das semelhanças. Veja o exemplo:

Embora a vida real não seja um jogo, mas algo muito sério, o xadrez pode ilustrar o fato de que, numa relação entre pais e filhos, não se pode planejar mais que uns poucos lances adiante. No xadrez, cada jogada depende da resposta à anterior, pois o jogador não pode seguir seu planos sem considerar os contra-ataques do adversário, senão será prontamente abatido. O mesmo acontecerá com um pai que tentar seguir um plano preconcebido, sem adaptar sua forma de agir às respostas do filho, sem reavaliar as constantes mudanças da situação geral, na medida em que se apresentam. (Bruno Betelheim, adaptado)

Tópico frasal desenvolvido por razões

No desenvolvimento apresentamos as razões, os motivos que comprovam o que afirmamos no tópico frasal.

As adivinhações agradam particularmente às crianças. Por que isso acontece de maneira tão generalizada? Porque, mais ou menos, representam a forma concentrada, quase simbólica, da experiência infantil de conquista da realidade. Para uma criança, o mundo está cheio de objetos misteriosos, de acontecimentos incompreensíveis, de figuras indecifráveis. A própria presença da criança no mundo é, para ela, uma adivinhação a ser resolvida. Daí o prazer de experimentar de modo desinteressado, por brincadeira, a emoção da procura da surpresa. (Gianni Rodari, adaptado)

Tópico frasal desenvolvido por análise
É a divisão do todo em partes.

Quatro funções básicas têm sido atribuídas aos meios de comunicação: informar, divertir, persuadir e ensinar. A primeira diz respeito à difusão de notícias, relatos e comentários sobre a realidade. A segunda atende à procura de distração, de evasão, de divertimento por parte do público. A terceira procura persuadir o indivíduo, convencê-lo a adquirir certo produto. A quarta é realizada de modo intencional ou não, por meio de material que contribui para a formação do indivíduo ou para ampliar seu acervo de conhecimentos. (Samuel P. Netto, adaptado)

Tópico frasal desenvolvido pela exemplificação
Consiste em esclarecer o que foi afirmado no tópico frasal por meio de exemplos:

A imaginação utópica e inerente ao homem, sempre existiu e continuará existindo. Sua presença é uma constante em diferentes momentos históricos: nas sociedades primitivas, sob a forma de lendas e crenças que apontam para um lugar melhor; nas formas do pensamento religioso que falam de um paraíso a alcançar; nas teorias de filósofos e cientistas sociais que, apregoando o sonho de uma vida mais justa, pedem-nos que “sejamos realistas, exijamos o impossível”. (Teixeira Coelho, adaptado)

Questão trabalhada em aula

UFRJ 2008

Desde sempre
(Vinicius de Moraes)
Na minha frente, no cinema escuro e silencioso
Eu vejo as imagens musicalmente rítmicas
Narrando a beleza suave de um drama de amor.
Atrás de mim, no cinema escuro e silencioso
Ouço vozes surdas, viciadas
Vivendo a miséria de uma comédia de carne.
Cada beijo longo e casto do drama
Corresponde a cada beijo ruidoso e sensual da comédia
Minha alma recolhe a carícia de um
E a minha carne a brutalidade do outro.
Eu me angustio.
Desespera-me não me perder da comédia ridícula e falsa
Para me integrar definitivamente no drama.
Sinto a minha carne curiosa prendendo-me às palavras implorantes
Que ambos se trocam na agitação do sexo
Tento fugir para a imagem pura e melodiosa
Mas ouço terrivelmente tudo
Sem poder tapar os ouvidos.
Num impulso fujo, vou para longe do casal impudico
Para somente poder ver a imagem.
Mas é tarde. Olho o drama sem mais penetrar-lhe a beleza
Minha imaginação cria o fim da comédia que é sempre o mesmo fim
E me penetra a alma uma tristeza infinita
Como se para mim tudo tivesse morrido.

Autores e obras de um determinado período podem apresentar – nos níveis da forma ou do conteúdo – padrões estéticos e ideológicos caracterizadores de um outro momento histórico. Partindo de tal afirmação, pode-se dizer que o texto II, embora escrito por um poeta do século XX, apresenta um conflito tipicamente barroco. Descreva esse conflito com base em elementos extraídos do texto.

Poema trabalhado em aula

Ai de mim! Se neste intento,
e costume de pecar
a morte me embaraçar
o salvar-me, como intento?
que mau caminho freqüento
para tão estreita conta;
oh que pena, e oh que afronta
será, quando ouvir dizer:
vai, maldito, a padecer,
onde Lucifer te aponta.

Valha-me Deus, que será
desta minha triste vida,
que assim mal logro perdida,
onde, Senhor, parará?
que conta se me fará
lá no fim, onde se apura
o mal, que sempre em mim dura,
o bem, que nunca abracei,
os gozos, que desprezei,
por uma eterna amargura.

Que desculpa posso dar,
quando ao tremendo juízo
for levado de improviso,
e o demônio me acusar?
Como me hei de desculpar
sem remédio, e sem ventura,
se for para aonde dura
o tormento eternamente,
ao que morre impenitente
sem confissão, nem fé pura.

Nome tenho de cristão,
e vivo brutualmente,
comunico a tanta gente
sem ter, quem me dê a mão:
Deus me chama co perdão
por auxílios, e conselhos,
eu ponho-me de joelhos
e mostro-me arrependido;
mas como tudo é fingido,
não me valem aparelhos.

Sempre que vou confessar-me,
digo, que deixo o pecado;
porém torno ao mau estado,
em que é certo o condenar-me:
mas lá está quem há de dar-me
o pago do proceder:
pagarei num vivo arder
de tormentos repetidos
sacrilégios cometidos
contra quem me deu o ser.

Mas se tenho tempo agora,
e Deus me quer perdoar,
que lhe hei de mais esperar,
para quando? ou em qual hora?
que será, quando traidora
a morte me acometer,
e então lugar não tiver
de deixar a ocasião,
na extrema condenação
me hei de vir a subverter.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Redação - Proposta de férias

Olá a todos!

Desculpem a demora na postagem do trabalho de férias, porém tive um problema na máquina e perdi uma das folhas de exercícios. Não consegui recuperá-la.

Segue abaixo a proposta de redação para as férias. Não se precoupem que se trata de uma proposta de redação bem divertida. Façam a redação sem medo, sejam sinceros, ok?

Qualquer dúvida para fazer esse trabalho, podem me enviar um e-mail relatando tudo.


lrloureiro@oi.com.br


Um grande abraço a todos!


Luciana - Redação

Proposta de Redação

Leia o texto abaixo:

“E o nosso Ministro da Fazenda vai novamente ao Fundo Monetário Internacional, tratar da nossa dívida. Ao chegar em Nova Iorque, uma forte chuva inunda o aeroporto e toda a comitiva é obrigada a arregaçar as barras das calças para atravessá-lo.Chegando à sede do Fmi, o Ministro se esquece de abaixar a barra de suas calças e um assessor o adverte, entre os dentes:- As calças, Senhor Ministro, abaixe as calças.- Calma! Vamos tentar um acordo. . .”



(Fonte: Site Orapois.com)

O texto acima é um exemplo de texto figurativo, que trabalha com palavras que remetem a coisas ou seres pertencentes a uma realidade palpável.

Com base nesse texto, crie um texto temático dissertativo
Ao elaborar seu texto, atente para os elementos básicos do texto dissertativo:
Introdução
Desenvolvimento
Conclusão

sábado, 15 de dezembro de 2007

QUESTÕES TRABALHADAS EM AULA

UFRJ) 2005

“Sem dúvida o meu aspecto era desagradável, inspirava repugnância. E a gente da casa se impacientava. Minha mãe tinha a franqueza de manifestar-me viva antipatia. Dava-me dois apelidos: bezerro-encourado e cabra-cega. Bezerro-encourado é um intruso. Quando uma cria morre, tiram-lhe o couro, vestem com ele um órfão, que, neste disfarce, é amamentado. A vaca sente o cheiro do filho, engana-se e adota o animal. Devo o apodo ao meu desarranjo, à feiúra, ao desengonço. Não havia roupa que me assentasse no corpo: a camisa tufava na barriga, as mangas se encurtavam ou alongavam, o paletó se alargava nas costas, enchiase, como um balão. Na verdade o traje fora composto pela costureira módica, atarefada, pouco atenta às medidas. Todos os meninos, porém, usavam na vila fatiotas iguais, e conseguiam modificá-las, ajeitá-las.
Eu aparentava pendurar nos ombros um casaco alheio. Bezerro-encourado. Mas não me fazia tolerar. Essa injúria revelou muito cedo a minha condição na família: comparado ao bicho infeliz, considerei-me um pupilo enfadonho, aceito a custo. Zanguei-me, permanecendo exteriormente calmo, depois serenei. Ninguém tinha culpa do meu desalinho, daqueles modos horríveis de cambembe. Censurando-me a inferioridade, talvez quisessem corrigir-me. (RAMOS, Graciliano. Infância.
Rio de Janeiro: Record, 2003. p. 144)

Questão 7)
Os vocábulos desagradável, desarranjo, desengonço,utilizados no texto III, apresentam um elemento morfológico comum quanto ao processo de formação de palavras.

a)Identifique e classifique esse elemento.
b) Explicite a relação entre o significado desse elemento e a caracterização física do narrador.




UFRJ 2007) O vocábulo ex-cineclubista resulta da aplicação de quatro processos de formação de palavras. Identifique-os, valendo-se de elementos constitutivos desse vocábulo.